Vamos treinar números e aprender algo novo
A Escala de Kardashev é um método proposto pelo astrofísico russo/soviético Nikolai Kardashev para medir o grau de desenvolvimento tecnológico de uma civilização. Foi apresentado originalmente em 1964 e utiliza-se de três etapas ou tipos, classificando as civilizações baseado na quantidade de energia coletada, utilizada e processada e seu aumento em escala logarítmica.
Tipo 0
Uma civilização que aproveita a energia de seu planeta natal, mas ainda não utiliza seu pleno potencial.
Nós na terra pertencemos a esse tipo de civilização. Estamos atualmente no “marco” 0,73 na Escala de Kardashev. Presume-se que vamos chegar ao tipo I em cerca de 100 anos, dependendo de quão rápido aprendamos a utilizar todas as fontes energéticas disponíveis.
Tipo I
Uma civilização que é capaz de aproveitar a energia total de seu planeta natal.
É para aqui que estamos indo, quer queiramos ou não. A parte boa seria que teríamos um pico final, a parte ruim é que teríamos em breve mais demanda de energia do que a oferta, porque a evolução não pode ser tão facilmente interrompida.
Independentemente, tornar-se uma civilização tipo I é em geral uma coisa boa. Pelo menos na ficção.
Como uma civilização tipo I, seríamos capazes de controlar a Terra inteiramente. Talvez até mesmo influenciar o tempo, controlar as erupções vulcânicas e terremotos, as placas tectônicas, a composição geológica e influenciar a flora e a fauna global, etc. Isso é muito legal! Do outro lado da história, teríamos que reciclar tudo para sobreviver.
Tipo II
Uma civilização interestelar, capaz de aproveitar a produção total de energia de uma estrela.
Esta é a próxima etapa na evolução de uma civilização, e presume um nível de desenvolvimento tecnológico que permite construções gigantescas e máxima eficiência. Estruturas como as imaginadas por Freeman Dyson vêm à mente aqui, gigantescas construções destinadas a aproveitar a energia das estrelas.
Imagino que uma civilização tipo II não apenas construísse essas megaestruturas, mas também as habitasse e controlasse completamente o que se passava dentro delas. Controlaria a órbita de todos os planetas nesse sistema, desviaria asteroides e cometas em seu lazer, e basicamente consumiria todo o sistema solar. Um poder intimidador para se contemplar.
Tipo III
Uma civilização galáctica, capaz de habitar e aproveitar a energia de uma galáxia inteira.
Aqui começamos a aventurar-se em um território de ficção científica verdadeiramente encantador.
Uma civilização tipo III abrangeria toda a galáxia, colonizando e controlando numerosos sistemas. Seria capaz de aproveitar, armazenar e usar a saída de energia de todas as estrelas dentro dessa galáxia. Tal civilização usaria planetas como blocos de construção, podendo mover planetas de um sistema solar para outro, fundir sistemas solares, unir estrelas, absorver supernovas e até mesmo criar estrelas. A galáxia é seu playground, e tudo nele se tornaria um brinquedo.
Agora sim, vamos praticar os números!
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